Friday, December 6, 2013

Os mestres de Jesus

Jesus cresceu em graça, estatura e sabedoria graças a seus grandes mestres. Mesmo sendo filho de Deus, Jesus se colocou como aquele que também aprende para nos dar o exemplo que sempre devemos aprender uns com os outros. Não importa o quanto sabemos e quanto tempo temos de caminhada, mas importante é ser humildade para aprender com aqueles que Deus os cofia dia a dia. E que foram os mestres de Jesus? 

Os pais de Jesus 

Os judeus admiravam-se do conhecimento e sabedoria de Jesus (ef. J0 7,15). Eles só reconheciam como mestres da lei em Jerusalém, como Paulo que foi discípulo de Gamaliel. Embora lhe faltasse credenciais oficiais, Jesus era qualificado para ensinar. 
Quais foram os mestres? Os primeiros mestres de Jesus foram seus pais (cf. Lc 2,52). Era costume da mãe judia dar aos filhos a educação básica no bom comportamento. Conforme os filhos cresciam, ela instruía as meninas sobre seus futuros deveres de esposas e mães (cf. Pr 31,10-31). O pai assumia a responsabilidade de ensinar aos meninos princípios religiosos e uma profissão (cf. Dt 4,9). Certamente, Jesus aprendeu como o bom exemplo de seus pais em todos os aspectos da vida diária e especialmente do ambiente religioso de seu lar. 

A sinagoga 

Jesus teve também uma escolaridade formal na sinagoga. A vida religiosa dos judeus se desenrolava nas sinagogas, que eram locais de oração, onde também funcionava o tribunal religioso e a escola. As sinagogas do tempo de Jesus tinham uma escola anexa para a formação dos meninos mais novos. O ensinamento era baseado no estudo da Torá. O estudo para um judeu devoto é um ato de adoração de glorificação a Deus, fonte de toda sabedoria. Jesus deve ter passado pela escola da sinagoga de Nazaré. 

Aprendizagem Informal 

A aprendizagem informal também fez parte da formação de Jesus. As crianças aprendiam por meio de suas brincadeiras (cf Lc 7,31-32), nas celebrações religiosas, na convivência social e no contato com as pessoas no mercado, no poço etc. 

A Natureza 

Outra fonte de formação era a natureza. Jesus, vivendo em ambiente agrícola, tinha familiaridade com o arar dos campos, o semear da semente, a colheita da safra e o armazenamento do produto nos celeiros. 

O mundo do trabalho 

Jesus prestava atenção e aprendia também com as relações do mundo do trabalho, sendo ele mesmo um trabalhador. Assim vemos: a construção (Lc 12,18); contratação de trabalhadores e pagamento dos salários (Mt 20,1-15); atividade bancária (Mt 25,27); cobrança de dívidas (Lc 7,41-42); compra e venda (Lc 14,18-19). 

A Sabedoria divina 

Mas, sem dúvida, a fonte de aprendizagem mais importante foi a sabedoria do alto, a sabedoria Divina. Jesus é a sabedoria de Deus que esteve presente na obra da criação. “Tudo foi criado para ele para ele” (Cl 1,16). No capitulo oito do livro dos Provérbios é apresentada a Sabedoria personificada como mestre capaz de livrar do mal, da idolatria. Ela se destina não só a alguns, mas a todos que quiserem escutá-la de coração aberto. Suas qualidades lembram as do rei messiânico (cf Is 11,2). Quem a encontra, encontra a vida, quem dela se afasta caminha para a morte. Aplicando este texto a Jesus, vemos que ele trouxe a salvação, o dom messiânico por excelência a todos os homens. A carta aos hebreus nos diz que Jesus, como homem, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos (cf Hb 5,7-8). Podemos dizer também que, como homem, Jesus aprendeu a sabedoria no encontro com o Pai, na oração. E ele diz que nos dá a conhecer tudo que ouviu do Pai (cf. Jo 15,15). 

Os Mestres de Israel 

Estes eram leigos competentes, que ensinavam a viver a vontade de Deus. Transmitiam um estilo de vida experimentado por eles. Esse estilo de vida era o sentido da existência, o sentido de suas vidas. Eles ensinavam com base em seus exemplos. 
Dessa forma, eram considerados mais importantes que os pais naturais, pois estes davam a vida e os mestres ensinavam a vivê-la. O ensino dos mestres de Israel revelava a forma de cumprir a própria vocação. Seus exemplos eram mais importantes que suas palavras, seus títulos, seus estudos; neles estava a sua autoridade. Além do mais, era o estilo de vida arrojado e autêntico que atraia os discípulos para suas “escolas”. 

Que o Senhor nos ensine a valorizar todas as pessoas e lugares por onde passamos e onde aprendemos muitas coisas. Jesus, seja nosso maior exemplo, mas também nosso mestre maior!!!

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